Said Gafurov, especialista do Instituto Russa de Estudos Orientais e Africanos Aplicados, concorda com a opinião do representante do governo sírio. Segundo ele, seria lógico encarar as explosões em Reyhanli como uma provocação política apenas com uma condição – o envolvimento nele de representantes da oposição síria. Mas em primeiro lugar deve-se analisar a versão mais verossímil destes atentados – problemas internos turcos e até mesmo mais do que isto, estes podem ser conflitos internos entre as várias comunidades da Turquia.

No que se refere às explosões como motivo para o início de uma invasão de tropas turcas na Síria, Istambul não tem grande necessidade de semelhante pretexto –diz Said Gafurov. Se a Turquia tomar a decisão de atacar a Síria, ela poderá encontrar qualquer outro pretexto. E, naturalmente, os turcos não se arriscam a entrar em guerra sem ter cem por cento de apoio da OTAN, que por sua vez, não empreende quaisquer passos em relação à Síria, sem ter a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, no qual são conhecidas as posições da Rússia e China.

Entretanto, o conflito sírio pode perfeitamente passar para o outro lado da fronteira, mas isto não será uma guerra entre a Síria e a Turquia. Simplesmente na Turquia pode explodir um conflito entre comunidades e esta ameaça é muito real – considera o especialista

http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_14/explosoes-na-turquia-vinganca-ou-guerra-de-provocacoes/